segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O que não volta

A paz que sentia ao fim de tarde de domingo depois da missa, depois de dar graças pela semana que passou e pedir pela semana seguinte. Não sendo mulher de fé, sou uma tipa de rituais: apaziguam-me e dão-me um sentido de pertença de que preciso muito.

Nunca fui uma católica muito católica: não me confesso desde que deixei de ser obrigada a isso (colégio) e tomava a eucaristia mesmo assim, cheia de pecados e ciente deles. Ouvia as Escrituras conforme a minha própria leitura, fazendo as minhas actualizações, sem o menor problema de consciência. Fui feliz assim durante muitos anos, até essa paz boa se perder quase instantaneamente num momento bastante específico na igreja de Santo António do Estoril, há uns valentes anos.

Enfim, lembrei-me disso ao passar ontem por uma igreja protestante das brazucas, com a malta lá dentro a cantar e a bater palmas, uma festa. Uma festa boa de comunhão entre homem e o que o transcende. Não é isso o que tem de ser?

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