domingo, 13 de novembro de 2011

Going local

Já pesquisei: pão, frutas, legumes e carne nas mercearias e talho locais são praticamente do mesmo preço dos do supermercado. Sendo assim, o supermercado fica para mercearias e produtos de higiene - por ora. Talvez passe a comprar azeite e mel no mercado biológico da quinta da Alagoa, mas tenho de ver preços. Peixe é que não vem da peixaria, porque só comemos lombos de pescada congelados, mas verei se há alguma casa de congelados por aqui.

Sempre usámos o videoclube do bairro, passaremos a usar mais. Sempre embirrei com filmes vistos em casa, mas a verdade é que a vida de pais não nos permite ir ao cinema nem metade das vezes que gostamos. Assim, será um hábito a criar.

O ginásio é local, o infantário também, o mecânico também.

Antes de procurar no shopping, procurar lá em baixo no centro (é a única medida que tem de ser implementada de raiz, o resto já está mais ou menos em andamento).

Continuarei a pesquisar mais coisas que poderei fazer/adquirir num raio de 3 km de casa e sem dar dinheiro a grandes grupos, ou pelo menos dando bem menos.

Update: e hoje, ao pequeno almoço, pus-me a pensar que ainda hei-de passar um mês inteiro a fazer compras na mercearia do bairro. É que, com a escolha restrita aos produtos essenciais, sem muita coisa colorida a distrair-nos nas prateleiras, até é provável que passe a gastar menos por mês, mesmo comprando produtos mais caros - e a comer melhor. Amadurecerei a ideia de fazer um test drive em janeiro.

7 comentários:

gralha disse...

Bela iniciativa :)
Eu lutarei por evitar a fruta importada, que já é bastante difícil.

Melissa disse...

Eu acho até mais difícil lutar contra os importados do que favorecer o comércio local, Gralha. Nós estamos numas de uma-medida-por-mês: neste momento, por exemplo, só compramos leite português. Às vezes calha ser o de marca branca, às vezes, não - quando não é, a diferença fica em torno de 40 cêntimos por seis litros.

Melissa disse...

Nada que não se faça, portanto. É mesmo uma questão de hábito.

Anónimo disse...

O pior é que tens de ir sempre a vários sítios para comprar tudo o que precisas. Nos hipers ao menos está tudo no mesmo sítio e poupa-se tempo e viagens, mesmo que sejam a pé.
Concordo que se deva estimular o comércio local, mas os preços nem sempre convidam. Por exemplo, aqui na minha aldeia há uma mercearia a que recorro se me falta algo, mas os preços... upa, upa! Ainda no outro dia precisei de 1kg de farinha: 1,30 euros, toma lá que já almoçaste! Se fosse num hiper tinha trazido 4kg pelo mesmo preço.
Depois conta o resultado do test drive.
E já agora, como vês qual é o leite português?

Anónimo disse...

Só para acrescentar que aqui na minha zona as frutas e legumes são muito mais baratas no comércio local do que no hiper. Mas mesmo muito, quase metade!

Melissa disse...

Marina, o leite nacional tem um selo com uns códigos a dizer PT, uma coisa assim em elipse... algures na embalagem. Tem sempre as iniciais do país de origem: DE, ES, FR, etc. Não é muito visível, há que procurar.

E sim, os preços das mercearias são mais altos, mas a minha teoria (por enquanto é mesmo só teoria) é de que, com menos opções, restringimos mais as compras. Mas só experimentando para ver.

No meu caso, tenho tudo ao pé: tanto os supermercados (não faço compras em hipers, odeio de morte fazer 15 km de carrinho) com talhos, frutarias, etc. Sim, fica mais fracionado, mas também acho que é uma questão de organização. Na verdade, já praticamente fazemos isso, só estou a ordenar.

O objetivo aqui não é facilitar a vida, é fazer compras de forma (que considero) mais ética, só. Se custar um bocadinho mais caro, não faz mal (um bocadinho comportável), estamos a fazer a nossa parte. O meu bairro foi atingido como uma bomba pela crise. Há lojas a fechar todos os dias, lojas que estavam abertas há anos e anos, desde os meus tempos de liceu. Há cada vez mais gente sem fazer nada nos cafés. Enfim, o yadda yadda yadda que se repete pelo país inteiro, mas este é o meu bairro :)

Sofia disse...

Desde que vim morar para a vila onde moro que comprovo isso todos os dias: fica mais barato comprar nas mercearias locais, principalmente frutas e legumes. Mas mesmo as mercearias, a maior parte tem marcas brancas que são 1 a 2 cêntimos acima do preço das marcas brancas de outros supermercados maiores.
Tudo o que não compro nas mercearias daqui, compro no pingo doce pequenino (daqueles quer eram Plus e passaram a ser PD) e numa hora faço compras de carne e mercearias para o mês todo. Tal como tu, detesto empurrar carrinhos cheios de compras por corredores e corredores e corredores de coisas que não preciso...
Bjs