Às vezes gostaria de ser como muita gente em quem tropeço
por esta blogosfera afora. Malta que claramente teve mais estudos ou é naturalmente
mais elaborada do que quem os rodeia e a quem quaisquer dois dedinhos de senso
comum ou cultura de botequim sabem a Sócrates. Claro que, apaparicadas pelo tal
meio em que nadam, essas pessoas se sentem inteligentíssimas e aptas a qualquer
desafio que a vida lhes atire. Deve ser uma sensação muito empowering (é uma
malta que gosta muito de inglês).
Tive o azar de nascer num meio de gente espertíssima e de
estar, de uma maneira geral, cercada por elas também. Não é nada fácil sentir-me
inteligente ou culta perto de que me rodeia. Estou sempre, sempre, seeempre a
aprender coisas novas e a tropeçar nas minhas próprias caquinhas. Sempre a ver que, caneco, devia aprofundar-me
mais nisto ou naquilo. Olha aí uma coisa que eu não sabia. E outra. E mais outra. Raios partam, como dei esta mancada?
Nem parece meu. Ou por outra, parece mesmo meu.
Um dia chego a sábia, sei lá.
Há pessoas na minha família que quase chegaram aos cem anos.
5 comentários:
Os sábios estão cada vez mais novos, mais pretensiosos e menos humildes, é uma grande verdade.
O mundo está cheio de fast-sábios.
Sppot on :D
(fast-sábios é muito bom, Cê)
Podiam aproveitar a visibilidade para nivelar por cima, mas enfim.
Quando a esmola é grande o pobre desconfia... e eu desconfio de pessoas que gostam de proclamar a sua suprema sapiência... já o meu pai dizia que havia gente muito inteligente mas que depois não sabiam quantos litros tem 1 alqueire de feijão...
Eu sempre fui muito espontânea a admitir a minha ignorância em tantas matérias.
E não preferes recordar que aprendeste com todas essas pessoas que de algum modo te ensinaram algo de importante?!
Para mim a humildade e a sapiência andam de mãos dadas.
Está tudo dito não é?
Fica tão mal quando alguém diz "eu nunca tenho dúvidas e raramente me engano"...
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