Estou sempre a resmungar que o mundo inteiro que trabalha por conta de outrem tem tempo para ler e eu, não. O comboio, a hora do almoço... Não tenho nem comboio nem hora de almoço - paro 20 minutos para comer e volto à labuta. Restavam-me as noites, que também não andava a funcionar lá muito bem: estou sempre cansadíssima e adormecia em menos de meia hora, além de me sentir culpada por não estar a fazer coisas, digamos, mais coletivas com os meus dois.
Sendo assim, hoje decidi: das 9h às 10h da manhã, que é o tempo que levo entre deixar o Gabriel ao infantário e a biblioteca abrir, leio. É a minha hora de leitura diária. Pronto, trabalhadores por conta de outrem, estamos quites.
Fora, claro, os subsídios, e a certeza de um cheque no fim do mês, segurança social paga e mais uns pormenorezinhos tão sem importância.
5 comentários:
Como trabalhadora por conta de outrem que sou, também me queixava disso... depois decidi inverter as minhas prioridades e passei a almoçar acompanhada dum livro e nunca apago a luz à noite sem ler pelo menos duas páginas...
Mas se te serve de consolo, como trabalhadora por conta de outrem que sou, ainda não consegui vencer a minha insatisfação perante o facto de serem os outros a gerir o meu tempo (para entrar, para almoçar e para sair). Apenas compensado exatamente pela questão remuneração no dia certo. Porque os subsídios... esses já não conto com eles ;)
É tão bom ler de manhã :)
E deve ser tão bom ter subsídios, e essas coisas. Ainda um dia gostava de experimentar.
eu agora voltei à tua luta, recibos verdes, não me compensa nada, mas ando muito mais feliz
Ah sim, Manue, eu queixo-me mas não saberia viver de outra forma.
Melissinha vai partilhando as leituras, eu tiro sempre boas dicas dos blogues que leio:-)
gralha, uma grande lolada proçê (subsídios e essas coisas ahah)
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