Apesar de ter Meryl Streep no principal papel, A dama de ferro é um filme que parece nunca sair do mesmo lugar. Está sempre na mesma cena, que se repete vezes e vezes sem conta e a meio da projecção já se percebeu que aquilo não vai a lado nenhum.
O história centra-se na vida solitária desta ex ministra da Grã-Bretanha e de como a falta do poder transforma a sua vida num eterno nada. Contudo, o argumento recorre ao Flash Back para mostrar a carreira política da senhora. Nem mesmo aqui as coisas melhoram. Tudo muito atabalhoado, sem sumo e com pouca criatividade, exceptuando talvez a ideia da mulher a fazer o seu trilho no meio de homens, onde o realizador consegue um ou outro rasgo mais luminoso.
A interpretação de Meryl Streep, claramente o melhor que o filme tem, dilui-se no meio de tanta mediocridade acabando por perder toda a força que merecia.
O quer mais choca é que o fim da vida política de Margaret Thatcher é uma autêntica tragédia Shakespeariana suficiente para tornar um filme sobre a sua vida realmente cativante e com interesse em seguir.
E é isto, fiquei tão chateado com o tempo que perdi que se fosse crítico dava-lhe uma bola.
5 comentários:
Detestei. Uma verdadeira merda (tirando a minha deusa, Meryl).
Sem consistência de espécie alguma.
Decidiram contar a história da dama de ferro e decidiram que a parte mais interessante era a senilidade da senhora e mesmo essa foi mal contada.
Cê, temos de ver o documentário que o Hugo viu, este sim, um excelente filme sobre a Thatcher.
Eu achei inevitável compará-lo ao A Rainha, que é um filme cheio de respeito e dignidade até ao fim e, enfim. Era escusado.
Tenho uma espécie de fobia a filmes que metam loucura, alucinações e senilidade.
true
Enviar um comentário