Não me considero uma grande amiga no sentido tradicional da coisa, que é aquele de estar disponível para qualquer situação e apoiar qualquer posição só pela amizade. Não sou, nunca fui, que se há de fazer.
Não quer dizer que não sofra por amigos ou não rejubile por amigos à minha maneira. E nem precisam de ser amigos. Neste momento, estou profundamente na merda por mais um menino sair do infantário do meu filho, que perdeu aí uns 15 alunos de já muito poucos desde o ano letivo passado. O meu filho já ficou sem turma no virar do ano, porque os pais dos colegas foram perdendo o emprego, bazando do país entre outras opções à nossa disposição no meio desta crise maldita.
No ano que vem, praticamente toda a turma dele segue para a pré-primária, e eu penso: caramba, o que será daquele pessoal? E da educadora dele? Ai o caraças.
Não sou de passar noites a dar kleenex ou a concordar com o que não concordo só porque sim, mas choro por aquelas educadoras e auxiliares. Acreditem ou não, é uma dor enorme, algo que me consome como se da minha melhor amiga se tratasse.
5 comentários:
É triste mesmo. Tenho muito carinho por todo o pessoal da escola dos meus. Felizmente, por lá, continua a haver listas de espera.
Ver uma escola e toda a gente que a envolve, definhar diante dos nossos olhos, deve ser avassalador, sim. Ainda por cima, uma escola que conhece os nossos filhos desde bebés.
É indescritível. Não estou a exagerar.
Já tinha passado por isto na primeira creche dele e já tinha sido duro, mas esta é outro assunto. Foi aqui que ele passou de bebé a menino. Eu, aqui, conheço mesmo quem está com ele.
E imagino como se sentem as mães de quem lá está desde os quatro meses.
Ese tipo de sentimentos que não tens medo de assumir também se encaixam na amizade verdadeira e desinteressada, que para mim é a melhor forma de amizade...
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