Eu cá acho que as pessoas nascem fortes, ou frágeis, frias, ou mais sensíveis.
Quando uma pessoa sensível leva porrada, raramente se transforma em pessoa forte, porque a porrada dói sempre mais a estas pessoas.
Ó Cê, acho que isso é uma verdade tremenda. E acho mais: acho que, no nosso ponto fraco, NÃO APRENDEMOS. Nascemos com o dito-cujo e o dito-cujo assim permanecerá, não há exercício que lhe fortaleça o músculo. Não há evolução, não há aprendizagem. Nasce ponto fraco, morre ponto fraco. E acho que é por isso que vemos mulheres fortíssimas a saltar de traste de marido em traste de marido com uma fé inabalável que o próximo é que é, que alguém olha para o sorriso de uma pessoa e sabe que ela nunca lhe vai mentir como as dez anteriores, que dá a leitura menos provável à situação mesmo que os sinais sejam bastante claros só porque o que guarda lá dentro é frágil e há-que ser guardado, há-que ser guardado pelo menos mais esta vez.
Se no resto da nossa vida podemos ter uma fé saudável e realista, o nosso ponto fraco vê tudo distorcido, com as formas necessárias que nos dêem aquilo por que ansiamos tanto. Que diabo, né? Eu acho um diabo, mesmo.
Em tempo: todas as minhas amigas são inteligentes, a maioria é inteligente e sensível, poucochinhas, mesmo muito poucas, são analíticas (e ser analítico não tem de ser só positivo. Para mim, por exemplo, são mais as vezes em que é uma verdadeira caca).
2 comentários:
Que título maravilhoso que deste a este post :)
Se alguém for naturalmente frágil, não vai fortalecer-se nas agruras, ganha apenas uma crosta que disfarça a transparência, a fragilidade, mas por dentro continua tudo igual...
Havemos sempre de cair em cima da mesma ferida.
E modesta :D
(mas o que é isso de ser frágil ou forte..? se calhar é só o estar mais ou menos em contacto com as suas dores, as suas desilusões. Só um psicopata é que não padece desses males)
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