sábado, 7 de abril de 2012

O meu empreendedorismo preferido

A maioria de nós tem a noção de que vive apartado do que realmente importa, num estado de escravidão permanente, passando não mais do que duas ou três horas por dia com as pessoas que amamos e o resto do tempo a enriquecer uma empresa que nada tem que ver conosco para poder, paradoxo dos paradoxos, comprar qualidade para as pessoas que amamos.

E sair disso é tremendamente difícil. As vezes que vejo notícias de pessoas que tentam quebrar o ciclo, vejo logo uma torrente de incrédulos a cair-lhes por cima com toda a agressividade de quem vive para trabalhar, e não trabalha para viver. "Não devem ter casa para pagar", "sempre quero ver daqui a três meses", "é um oportunista, um mendigo, um etc" e quetais.

A mim, esses corajosos que tentam, nem que por um triz, nem que por um poucochinho de nada, sair desse buraco civilizacional em que nos metemos, dão-me uma esperança tremenda no futuro. Essas pessoas empreendedoras têm a coragem de pagar o preço necessário para viver minimamente de acordo com o que consideram verdadeiro. E é por isso que adoro ver este tipo de post no blog da Cátia. Fazem-me lembrar que, seja onde for, podemos procurar o que faz sentido para nós. Acredito que há sempre espaço para mudança. Há sempre espaço para trocar (algum) dinheiro por (algum) tempo.

O problema, como disse lá em cima, é que também há um preço. E haver quem escolha pagar esse preço é coisa para irritar muitas alminhas.

2 comentários:

Tella disse...

Nesse sentido, fico sempre de boca aberta, a babar diante da televisão, enquanto assisto ao programa "Viagem ao centro da minha terra". Pessoas que largaram tudo para se dedicarem ao que gostam, aos que as fazem realmente feliz. dão-me esperança

Naná disse...

Melissinha, infelizmente a p*ta da inveja é um monstro verde que ataca muita gente, que depois não sabe ou não quer domá-lo!...