terça-feira, 8 de maio de 2012

Era para ser um comentário ao post anterior

Mas gosto tanto da dica que prefiro fazer post.

Li, há uns anos, numa crónica brasileira que tanto pode ser do Bial como do Jabor, que, antes de considerar o divórcio, o casal deve mudar a posição de todos os móveis da casa.

Claro que a crónica diz muitas outras coisas a respeito de como manter ou salvar ou ser feliz num casamento, mas acho esta da mudança dos móveis genial na sua simplicidade, porque já é um abanão feroz sem partir para a carga. Muitos dos casais irremediavelmente doentes podiam ter beneficiado de um diagnóstico precoce de rotinite aguda se estivessem mais atentos, não tenho dúvida.

Não há culpados, repito para mim mesma. Não há culpados. Mas há umas vítimas maiores do que outras.

6 comentários:

Anónimo disse...

Quando comecei a trabalhar, há 11 anos, eu era a miuda num grupo de colegas casadas. Hoje sou a casada num grupo de divorciadas... dos casos, todos com miudos pequenos, foram eles a deixar o barco, só um foi ela a sair de casa.
Estes números assustam, claro. Sinceramente, acho que ambos temos que trabalhar o casamento, nós-casal falamos muito sobre este tema, há trabalho diário a ser feito. Mas quando se gosta é um trabalho muito bom, não é por haver uma discussão hoje que vamos fazer análises de mercado...
Dos casos que referi em cima aconteceu de tudo, inclusivamente um filho para salvar a coisa e um divórcio com um bebé de meses...
Não sei muito bem como é nas cidades mas a vida social da maioria dos homens aqui, vila pequena, é muito de café depois do trabalho, festas ao fim-de-semana e quando vêm os filhos elas ficam em casa e eles continuam a fazer a vida que querem. Felizmente o meu homem não é assim, já o meu pai sempre foi assim... o que acabou por nos marcar - as filhas - de uma forma negativa porque há sempre uma parte que sofre, que fica presa a uma vida que deveria ser partilhada e os filhos sofrem com isso.
O meu casamento pode acabar um dia, mas acho que ambos damos o nosso melhor porque conhecemos estas realidades e ambos abraçámos um projecto a dois. Eu acho que há muitos casamentos que acontecem porque sim, porque se casa, todos se casam... não há uma reflexão séria, uma definição do tal projecto. Nós (ainda) só casámos pelo civil e apesar de termos ido ali num instante de calças de ganga tivémos uma conversa antes de entrar na conservatória que valeu muito, vale todos os dias dos ultimos 6 anos. Temos muitos problemas mas conversamos e procuramos soluções e vamo-nos conhecendo todos os dias, ajustando feitios, enfim, é uma caminhada. O meu casamento pode realmente acabar um dia, mas eu sei que até esse dia será um projecto a dois, o que evitará que esse mesmo dia chegue, espero. Imagino, pelo ambiente em que cresci, que deve ser uma agonia viver com uma pessoa que faz uma vida em que não entramos e da qual mal sabemos e desconhecemos quem mais entra nela... Acima de tudo, é uma injustiça e ninguém deveria viver assim.
Novamente, por ser uma terra pequena, sabem-se muitas histórias, daquelas mesmo tristes e... vou usar a palavra porcas, que é o que são. E depois os filhos... os filhos merecem crescer dentro do tal projecto que os criou. Uma das minhas dúvidas é sempre: o que é que aconteceu entretanto? O amor acabou ou nunca existiu verdadeiramente?
Não consigo perceber...
Beijos,
Vera

Naná disse...

Gostei desta dica... muito bom!

gralha disse...

Espera, sou só eu que acho que mudar os móveis de sítio ainda implica mais discussões???

triss disse...

ahaha gralha, comio implicava de certeza:-)

triss disse...

comigo

Melissa disse...

Nunca mudei, não faço ideia :D Mas parece-me boa ideia, se uma dia a cobra fumar, é a primeira coisa que eu faço.