Como já disse, apanhei um pó considerável dos grandes grupos de distribuição depois da insanidade do primeiro de maio no Pedê. Já não gostava muito delas por ouvir o que os pobres feirantes (alguns fornecedores) contam sobre prazos de pagamento e pressões, e depois foi só somar.
Não, não passei a comprar na mercearia da esquina ou simplesmente radicalizar e passar a consumir apenas frescos (na verdade, a praça tem tudo que precisamos. Só nunca vi lá leite, de resto, tem tudo). Para manter-me minimamente fiel à minha posição, passei a comprar frescos no talho e praça.
(Caca. Nem dá para ser simbólico).
Outra coisa que não gosto mesmo nada é de ter seguro de saúde. A única forma de um sistema público de saúde funcionar é tendo pressão de todas as classes sociais. Se a classe média foge para o sistema privado, como fugiu, o sistema público vai-se transformar num sistema de pobres. Vão ao Brasil para mais informações do que é um sistema público de saúde de pobres.E o de cá - acreditem - ainda é muito bom. E vai piorar por muitos motivos, e a minha fuga para o privado será um deles.
O meu meio termo patético: faço a parte de planeamento familiar/prevenção toda no centro de saúde.
(Caca. Nem dá para ser simbólico).
3 comentários:
No primeiro ponto, fui criada a ir à praça e ao talho do mercado municipal. Mas nos dias que correm não vou lá nem para ver as "novidades"... ainda estou rendida aos grandes grupos de distribuição... eu sou uma preguiçosa, eu sei!
No segundo ponto, não me apanham a fazer seguro de saúde. Confio no sistema nacional de saúde e nunca tive grandes razões de queixa. Acho que não podias estar mais certa sobre este ponto.
E acho que dá para ser simbólico sim senhora!!
Toda a razão em relação ao primeiro ponto, deviamos fazer um grupo de acção revolucionária (sim, outro) quanto a isso.
Já quanto ao segundo, estou aqui a pensar no sistema francês, onde toda a gente tem um seguro, e onde o sistema público funciona muito bem, vou investigar todas as nuances e já volto, pode ser que seja uma questão de detalhes.
Se o meu C. Saúde tivesse pediatra, eu levava lá os miúdos. Infelizmente, não tem. De resto, eu ainda sou adepta do público, excepto para a oftalmologia e a dermatologia. E essa do leite já a minha merceeira me explicou que as grandes superfícies vendem ao preço de custo, não dá para competir.
Enviar um comentário