Gosto de ideias novas, gosto de camadas, gosto de leituras. Gosto de ver perspectivas de outras pessoas sobre as coisas mesmo quando eu não as vejo, ou principalmente quando não as vejo. As coisas podem continuar a não me dizer nada, mas pelo menos mudei o ângulo.
Eu ADORO mudar o ângulo.
Gosto de ler críticas seja do que for - mas de cinema, só depois de ver o filme. Deixo que os meus críticos de eleição me sugiram coisas. Às vezes acertam, às vezes não, mas invariavemente aprendo coisas novas com o que escrevem.
Gosto de versões novas e revisitas. Aquela musiquinha brega que um tipo de heavy metal pegou, mostrando que a canção afinal sempre fora heavy metal. Adoro dizer ao Hugo que qualquer pessoa podia ter feito aquele quadro e ouvi-lo dizer "então porque não fizeram?" - É verdade, e isso devolve-me à Terra e mostra-me que ainda não sei nada de nada. Adorei alguém ter escrito o "Pride, Prejudice and Zombies".
Adoro interesses novos. Adoro conhecer gente que gosta de coisas para onde eu nunca tenha olhado (excluam-se aqui moda e decoração). Adoro cromos a falar de cromices. Invejo que tem paixões mais duradouras que as minhas. Adoro pensar fora da caixa. E um dia ainda hei-de fazer um workshop de pintura de olhos vendados. Aprendo imensamente com livros, cursos e pessoas. Mudo de ideia com facilidade.
Não sei se foi a morte da minha mãe, que me obrigou a procurar coisas boas (e para mim a superanálise e experiência das coisas é uma coisa boa), ou a maternidade, que me obriga a me espantar com o mundo como se o visse pela primeira vez. De uns anos para cá, ando um bocado do avesso, mas a verdade é que me sinto mais nova de ano para ano. Mais nova e mais entusiasmada com a miríade de coisas fixes que há para ver e fazer, e com a distância tão longa que podemos percorrer. É uma construção boa, feliz e cheia de gente e ideias dentro.
Acho tudo muito empolgante. Sou muito empolgada.
Ficam de fora doces saudáveis. Não mexo com a minha noção oitocentista do que é um bom doce.
8 comentários:
O meu pai, que é meu pai, comprou e leu o Pride, Prejudice and Zombies.
Eu quero continuar a espantar-me e emocionar-me com coisas e perspectivas fora da minha zona de conforto, tal como quando era adolescente/casa dos 20, mas cada vez sou mais impaciente com coisas que necessitam de grande esburacamento e escavação.
Continua aí que é para me obrigares a espreitar fora da minha gruta, se fazes o favor.
Reconheço que às vezes (poucas) um calhau é só um calhau, mas qual seria a piada? :D
Tu sabes que isto também tem o seu lado altamente péssimo, me love.
Tirando um calhau aqui perto de casa, que tem uma declaração de amor e Stonehenge, para mim, um calhau será sempre um calhau.Sempre foi, sempre será. Isso não muda.
és de pedra, ana casaca. de pedra!
Espera lá, que parte disto é que está em construção?
Tudo. Estou sempre a construir-me com as minhas ideias e as dos outros. Não me sinto acabada nunca. Poesia, porém verdade.
São posts destes que me fazem pensar que precisava muitas vezes de tomar duas colheradas de Melissol ao final do dia. Isso vende-se?
Ó pá, isso assim até parece que sou cor-de-rosa, mas não sou; sou só empolgada e curto cenas de um modo geral, mais nada.
E ao contrário de milhares de coisinhas que mudaria em mim (todas catalogadas ad infinitum aqui no blog), com esta, passo muito bem.
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