quarta-feira, 17 de outubro de 2012

TPC

Ver um filme.
Ler um livro, ouvir uma história.
Falar com os vizinhos, estar à janela, ir à mercearia puxar conversa.

Sim, estas são as coisas que me ocorrem porque são as minhas apetências. Os matemáticos, engenhocas e químicos (ui, o perigo!) lá terão as deles. O que quero dizer é que imagino mil e uma maneiras de aprender que não seja sentado numa mesa a fazer igual a todos os outros. Acho que o lugar disso é na sala de aula, e caramba, Deus sabe que já passam imenso tempo lá dentro. Saiu da sala de aula, é hora de perseguir a individualidade, o que os faz mexer, o que os intriga, sem obrigações nem interferências. Sei lá, o que os intriga até pode ser fazer trabalhos escolares. Mas há que haver o desligar, há que haver a fronteira entre o dever e a casa. E já há muito pouca casa para ser invadida pelo dever.

Sou contra qualquer quantidade de TPC como sou contra qualquer quantidade de trabalho que um adulto traga para casa. Para mim, as duas coisas querem dizer que as doses dos dois estão erradas e é isso que deve ser corrigido, em vez de contaminar os espaços.

4 comentários:

Naná disse...

Eu tenho uma visão demasiado utópica do TPC... só o encaro bem se ele servir um propósito lúdico e de partilha entre pais e filhos.
O problema é que se elevou a fasquia no TPC, que é agora encarado como uma prova de mérito diário, numa busca de sobressair perante os demais

Melissa disse...

TPC é escola dentro de casa.

Melissa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
calita disse...

Concordo em absoluto. Mas a verdade é que a mais velha lá fazia os TPC connosco a tentar fazer daquilo uma brincadeira...