Tanto tempo a chafurdar o que era verdade dentro de mim que acabei por me deixar cercar de mentiras fora de mim - mentiras nas minhas relações com o exterior: coisas (pouco, mas mesmo assim), gentes (algumas), histórias (muitas). Fui dizendo que nada era importante, quando, na verdade, tinha era preguiça de separar trigo de joio, sendo que não sei o que é joio e não sei se vale mais do que o trigo ou menos. A verdade é que eu não devia usar esta expressão antes de ir ao dicionário.
Adiante: já sei o que é joio. Esta pequena ignorante vai, então, não digo expulsar, mas questionar o joio diretamente cada vez que o joio parece joio e não trigo. Não vou ficar mais na dúvida, ou pior, não vou ficar mais na certeza a fingir que estou na dúvida (mesmo sem saber o que era joio, farejo o que não é trigo a milhas). Estou mesmo cansada disto. Isto também é excesso de bagagem. Devia ter começado uma dieta de mentiras ao mesmo tempo que comecei a outra. Neste momento, já podia contar com 18 quilos de mentiras a menos.
5 comentários:
A verdade (tão a propósito) é que há mentiras dentro e fora de nós que nem imaginamos.
Em modo de busca permanente... Se é fácil? Não. Às vezes preciso de ajuda.
Podia melhor com elas quando estava mais gorda. Vá-se lá entender.
Ahahahahah
As internas ou as externas? De qualquer forma, a auto-estima eleva-nos os padrões...
"a autoestima eleva-nos os padrões" - É ISSO. Obrigada, Vera! ;)
Eu comecei a emagrecer quando deixei de aturar as minhas próprias mentiras. Agora, são mesmo as mentiras que me rodeiam que me lixam.
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