quarta-feira, 14 de março de 2012

Crónicas do encolhimento Parte VI - a aceitação

De que estou numa fase de extrema motivação e que nada me derrota, mas que não será sempre assim. A minha obesidade tanto tem de emocional como de genética, é algo que carrego comigo. Estarei sempre, sempre, sempre em recuperação. E vou cair algumas vezes, e o peso vai oscilar algumas vezes, porque acontece com 95% das pessoas que fazem dieta e não me vou pôr aqui a dizer que EU SOU DOS 5%, porque não sei se sou, dois meses não é nada comparado ao resto da vida.

O objetivo aqui é bem mais modesto: não bradarei que não volto a engordar uma grama: não vou é voltar a engordar 25 quilos como engordei quando a minha mãe morreu. Isso, até assino um documento lavrado em cartório. A este ponto em que estou, não volto nunca mais. Mas que, daqui a uns tempos, objetivo atingido e tal, passe por outro grande stresse e ganhe seis... Acho bastante possível. Não só acho possível, como acho natural, porque é como reajo às merdas, é como o meu corpo responde. Mas, ao contrário do que aconteceu antes, não demorarei oito anos a elocubrar sobre o assunto para começar reverter o bicho.

Resumindo: estou a tirar da Melissa tudo que não é Melissa e já não me resta dúvida de que terei sucesso a médio prazo.
Não quer dizer que não respeite a doença crónica que tenho. Respeito-a e aceito-a. Só assim poderei combatê-la. E é um combate para a vida toda.

5 comentários:

Fôfa disse...

Ai a minha vida, ainda tenho um longo percurso à minha frente. Sei, vejo, não aceito e não estou a conseguir dar à volta, mas quem sabe se estes textos conseguem-me inspirar a tomar conta da minha vida e deixar de ser obesa :(

Melissa disse...

Boa sorte para o caminho! :)

manue disse...

Sim, vais ganhar kilos, depois perdes, depois ganhas outra vez. Há uma espécie de peso "ideal" que o nosso corpo adopta, e em certas alturas perdemos dois ou três kilos, para depois os recuperar logo. Ou em certas alturas ganhamos três ou quatro, e controlamo-nos durante uns tempos e aquilo volta ao sítio. É o que acontece comigo, que com 17 anos pesava quase 80 kilos (não sei se alguma vez falámos disso) e agora tenho um peso ideal de 64kgs, mas que flutua muitooooo (neste momento está acima, glups). É uma "luta" para a vida para nós ocm a genética tramada. Tudo o que como, vejo no meu rabo nos dias seguintes. Tudo! Isto para dizer, parabéns!!!

Melissa disse...

Manue, nunca me tinhas dito, mas gostei muito de saber :) Eu acho que estás ótima com o teu peso, 5 acima, 5 abaixo. Há que apreciar a nossa estrutura, e se há erro que não volto a repetir é achar-me feia aos 65, que é o meu corpo possível.

Naná disse...

Não engordei tanto como tu, mas sei que o peso dos 6 kgs que ganhei com a partida do meu pai, se juntou aos já excessivos 9 kgs que trazia do pós-parto e nunca mais me deixaram... e sei pro experiência que se quero perdê-los só preciso de motivação, de alinhar a cabeça e que sim é para a vida toda!