Cada vez menos acredito em virtudes ou defeitos. Acho que temos características que podem pender para um lado ou para o outro, que podem servir-nos bem ou mal conforme a situação, como as cartas de tarot. Sempre achei isso de mim mesma e começo a observar o mesmo em quem me rodeia mais de perto.
O metodicismo (esta palavra existe? É que metodismo é uma religião) do Hugo impede-nos de ir a Amesterdão sem consertar os estores antes, mas temos uns dossiers de garantias, contas e mais algumas coisas que faz inveja a muita gente.
O meu pé enfiado no novelão faz com que cada problema pareça um buraco sem fim mas faz-me ver a vida em explosões de fogos de artifício também, e encontro histórias onde os que têm o pé na realidade não encontram.
A criatividade intensa (ou melhor: intensividade criativa) do meu irmão faz com que nunca ponha os pés do chão.
E por aí vai.
Claro que só dá para ter esta noção quando olhamos de perto. A meia distância, para mim, é tudo muito mais separadinho.
1 comentário:
É isso, é isso. E mesmo que haja características que sejam inegavelmente defeitos, chega uma hora em que temos de aprender a viver com elas o melhor possível.
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